Aconteceu no sábado (12), em Cruz Alta, na sede da Sementes Aurora, a Abertura Oficial da Colheita do Trigo no RS, reunindo produtores rurais, lideranças políticas do agro e empresas do setor. O evento, já tradicional no município, é promovido pela Associação Fenatrigo e reforça a relevância da cadeia produtiva do trigo para o desenvolvimento econômico do estado e fortalecimento da triticultura gaúcha.
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O pão nosso de cada dia
Pães, massas, bolos, pizzas. O trigo é matéria-prima básica de alimentos que estão diariamente na mesa dos brasileiros. O consumo das famílias se reflete na produção do campo. Com previsão de um crescimento de mais de 20% na produção do cereal com relação a safra 23, a região sul se destaca como responsável por mais de 95% de todo o trigo produzido no Brasil.
Expectiva de aumento de produção
O Estado, um dos grandes produtores de trigo do país, deverá colher mais de 4 milhões de toneladas do cereal, numa área cultivada de 1,34 milhão de hectares, distribuída em 407 municípios. Apesar da redução de área em relação a safra 2023, o trigo é a cultura de inverno mais semeada no RS e isso mostra a resiliência dos nossos agricultores diante dos riscos climáticos e econômicos, principais desafios da cultura.
Desafios na semeadura
O estabelecimento da cultura do trigo foi marcado pelo excesso de umidade, erosão e lixiviação de nutrientes e sementes, devido às chuvas torrenciais e recorrentes que prejudicaram inicialmente as lavouras. Porém a melhoria das condições a partir de julho proporcionaram boas condições fitossanitárias, de temperatura e luminosidade e a expectativa de uma grande safra vem se confirmando.
Taxação dos fertilizantes
A possível alteração da alíquota de importação do nitrato de amônio, matéria-prima utilizada para produção de fertilizantes nitrogenados, passando de zero para 15% tem revoltado o setor e será um grande retrocesso, gerando aumento no custo de produção. Esse aumento poderá reduzir a competitividade das exportações agrícolas, que são fundamentais para o superávit comercial do Brasil.
Camex define taxação
A proposta de taxação será analisada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) em 17 de outubro, quando será decidido se a tarifa de importação será ou não implementada. A “Taxação dos Fertilizantes”, reacende o debate sobre a tributação do setor agropecuário, gerando discussões sobre os impactos dessa decisão para o agronegócio brasileiro.